Entre os que tiveram a informação, 31% consideram o governo Lula responsável pelo desvio do dinheiro descontado de aposentadorias e pensões.
Para 14%, o responsável é o INSS, 8% apontam as entidades que fraudaram a assinatura dos aposentados, mesmo índice dos que apontam o governo Bolsonaro, e 1% diz que a culpa é dos aposentados que não conferiram os descontos. 26% não souberam apontar o responsável ou não responderam.
Para 52%, a prioridade do governo Lula deveria ser devolver o dinheiro apenas com os recursos que forem bloqueados das entidades investigadas, enquanto 41% acham que o dinheiro deve ser devolvido mesmo que seja necessário usar recursos públicos.
A pesquisa apontou que 57% dos entrevistados desaprovam o governo Lula, enquanto 40% aprovam — são os piores resultados deste mandato.
Em relação à economia, a notícia é boa para o Planalto: caiu de 56% para 48% a parcela dos brasileiros que veem piora na economia. Também melhorou a percepção sobre alta de preços de alimentos (caiu de 88% para 79%) e de combustíveis (passou de 70% para 54%).
Para o cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest, um dos motivos para essa contradição é a ampla repercussão de notícias negativas. “A forte repercussão de notícias como o escândalo do INSS diminuiu o efeito positivo da economia e do lançamento dos novos projetos e programas do governo”, observa.
“O eleitor está mais difícil de ser convencido e o governo ainda não conseguiu atender às expectativas produzidas durante a eleição. O governo está perdendo tempo”, completa.