As terras agrícolas de Mato Grosso do Sul mantêm a tendência de valorização na esteira da forte entrada de capital estrangeiro, tanto em unidades industriais, como em terras agrícolas, além do potencial de melhora logística pela Rota Bioceânica e do processo de industrialização em meio à alta dos preços das principais commodities agrícolas, como soja e milho.
Em Corumbá, por exemplo, que se destacava como a maior região pecuarista do Estado, os preços de terras para pastagens subiram 62,7% no primeiro quadrimestre deste ano em relação à mesmo período do ano passado – segundo levantamento da Scot Consultoria, especializada no mercado agropecuário, a pedido do Campo Grande News. Essa é a maior alta verificada nos preços de terras em 10 municípios pecuaristas do Estado, conforme o estudo. Em seguida, estão Três Lagoas, com aumento de 20,7%, Aquidauana (17,7%), Bodoquena (17,2%), Chapadão do Sul (15,8%) e Campo Grande (15,6%).
No caso de terras de lavouras, a alta dos preços no território é liderada por Bodoquena (38,8%), depois Dourados (37,1%), Coxim (21,8%), Aquidauana (17,0%) e Corumbá (11,4%), no mesmo período analisado, acrescenta o levantamento da Scot Consultoria.
Para o engenheiro agrônomo da Scot Consultoria, Gustavo Duprat, os preços são influenciados por vários fatores, que vão desde as características do solo e do clima (edafoclimáticas), o relevo e infraestrutura da região, como rodovias, estradas e acessos logísticos para o escoamento da produção.